O que tem dentro da cabeça das pessoas? É uma pergunta que sempre costumo fazer ao observar o próximo, não porque tenha curiosidade de saber sobre os pensamentos alheios (talvez um pouco sim), mas principalmente por conta do que se passa na minha "avantajada" cabeça.
Será que todo mundo tem pensamentos na ''contra mão''? Pois eu tenho, e muitos.
Será que todo mundo tem pensamentos na ''contra mão''? Pois eu tenho, e muitos.
As formas que perambulam minha mente são bem incomuns, pra muitos diferentes. Eu discordo claro. Mas ao comparar algumas de minhas criações com o que costuma ser ''normal'' para a maioria das pessoas, tenho que concordar, meu gosto é pouco comum.
Essa semana (segunda-feira 06) Edward Mãos de Tesoura completou 20 anos. Pode parecer uma informação inútil eu sei, mas não pra mim e por isso escolhi fazer uma analogia ''auto-retrato''.
Particularmente tenho certa paixão pela maneira como Tim Burtom(diretor do Filme) expõe sua mente. Identifico-me 100% com a maneira excêntrica que ele escolheu para apresentar a beleza que poucos conseguem apreciar.
Em Edward Mãos de Tesoura Burtom inspirou-se em sua própria adolescência, o longa-metragem reflete sua experiência como um adolescente excêntrico, imaginativo, solitário e com problemas para estabelecer relações sociais. Minha adolescência foi extremamente contraria, porém me identifico hoje com algumas características de Edward, ele é doce, ingênuo e ao mesmo tempo assustador e perigoso, assim como eu, e por consequência também como meus gostos e criações.
Talvez as criações de Burtom sejam pouco compreendidas, até tidas como sombrias e macabras mas aos meus olhos parecem belas e ingênuas, tão realistas como meu auto retrato refletido no espelho.
Longe de mim querer comparar meus rabiscos a grandeza de seus desenhos mas me sinto próxima por dois pontos em comum: a valorização do excêntrico e a capacidade de revelar a beleza daquilo que é considerado feio. Segundo Chaplin:
Uma hora o que tem em oculto externa em atos, feitos, palavras... Meu lado Tim Burtom de ser é assim, apenas sendo. Por isso me acostumo comigo mesmo tão facilmente. Quem lê, entenda.
Por Cris Corrêa
Somente o fato: "lembrar de Edward" já bastaria, mas não, você insiste, com suas palavras envolventes, em criar uma alegoria sinestésica do que é ser doce. Só trocaria as mãos por olhos e as tesouras por janelas, em se tratando de você.
ResponderExcluirCris
ResponderExcluirAdorei o seu post - criando um auto-retrato com colagens de um personagem,sem perder autenticidade e originalidade.
O que assusta as pessoas comuns, pode muito bem ser o susto que elas mesmas carregam. E aqueles que se identificam com a docilidade do personagem - traz o doce que tem em si mesmos.
Muito frenesi mesmo ;-)
Que bom que gostou Volney...
ResponderExcluirFico honrada com sua visita e muito feliz com a grandeza do seu comentário...
Freneticamente agradecida XD