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segunda-feira, maio 17, 2010

Quebrantamento ou Emocionalismo?



Choro no culto é LEI, dizem que isso demonstra um coração quebrantado. Sera mesmo?

As pessoas chegam ficar indignadas com quem não "é quebrantado" durante um louvor, ou durante uma dessas "ministrações" estilo "atirador desgovernado", aquela onde o "ministro" fica atirando pra tudo que é lado chutando aqueles problemas que 90% das pessoas tem, tipo: vc que tem conta pra pagar, que esta com problema com os pais, ou com os filhos/marido/esposa/...etc..etc...Deus quer te libertar essa noite amado, "quebrante seu coração", chore, derrame-se na presença de Deus...e blá blá blá.

O fato me fez refletir sobre o QUEBRANTAMENTO em si.

Vejo muita gnt confundindo sentimento – emoção com quebrantamento, o que é perigoso, pois o “verdadeiro quebrantamento” não é um sentimento, pelo contrário, é uma escolha, um ato da vontade. Não é, em princípio, uma experiência única ou uma crise (embora possa haver momentos de crise no processo de quebrantamento), porém é um estilo de vida contínuo, progressivo, o que tb nos leva a entender que ADORAR não é expressão de louvor momentânea e sim um ESTILO DE VIDA.

Quebrantamento não significa, como pensam alguns, rolar no chão chorando de se arrebentar. Não significa introspecção mórbida. Nem pode ser entendido como a mesma coisa que profundas experiências emocionais. É possível derramar rios de lágrimas sem experimentar um momento de quebrantamento. Por isso, esses contínuos congressos que tem como objetivo “ensinar as pessoas adorar”, quase sempre geram pessoas que “acham que foram quebrantadas” pelo simples fato de terem chorado e sentido algo diferente, mas que na verdade nem se quer sabem o que significa o quebrantamento.

Quebrantamento é minha resposta de humildade e obediência à convicção da Palavra e do Espírito de Deus. E como a convicção que vem de Deus é contínua, o quebrantamento precisa ser contínuo também, tem uma dimensão vertical e outra horizontal; a primeira se manifesta na disposição de se viver de "céu aberto" diante de Deus; e a segunda em se viver "sem muralhas" entre si e seus semelhantes. Em síntese, é não ter reservas ou barreiras nem com Deus nem com o próximo.

Difícil, hen??

É triste ver pessoas sendo enganadas por outras que ensinam viagens e emocionalismo como "mover - unção", elas acabam desprezando a Palavra e se rotulando "cheios do Espírito", quando na verdade na maioria das vezes estão mais cheias de si, do que qualquer outra coisa.

Escrito originalmente em 27/04/2007

Por Cris Corrêa

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