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quarta-feira, junho 09, 2010

A Influencia da Música sobre a Fé


Recentemente pesquisei bastante sobre musica e sua influencia sobre as pessoas. Educação Musical foi o tema escolhido para minha monografia entregue no final do ano passado. Como sempre costuma acontecer comigo, logo após o termino da pesquisa e a conclusão do trabalho, acabei refletindo e tendo um olhar cristão sobre o assunto.

A musica afeta todas as partes do nosso corpo, ela mexe com nosso organismo. É capaz de aumentar ou equilibrar nosso metabolismo, acelerar ou diminuir nossa respiração, pulsação ou pressão do sangue. Fora as muitas outras capacidades que ela tem, e não temos conhecimento. O que sei, é que seu ‘’poder’’ não descarta nosso cérebro. A hiperestimulação de certas regiões cerebrais causadas por diferentes sons, pode afetar diretamente nosso poder de decisão, domínio próprio, desejo sexual, etc.

Levando em conta o tempo reservado para música nos nossos cultos e seu poder sobre nosso corpo, mente, emoções e principalmente sobre nossa razão o assunto requer nossa atenção especial.(RM12:1)
  
Minha conclusão referente à música na ‘’esfera cristã’’ é de que, infelizmente são poucos á percebe-la com função de fábula dentro da igreja, e então temos uma maioria que se entrega como criança inocente às teologias furadas, doutrinas confusas que são pregadas por alguns grupos que se tornam ícones no meio evangélico através da carreira musical.

Existem alguns ‘’ministérios’’ que costumam usar sempre os mesmos arranjos, eles são feitos sempre da mesma forma, se não, semelhantes. Não há variações bruscas na harmonia e dissonantes das canções. Das duas uma, ou eles buscam sempre causar as mesmas emoções e sensações nas pessoas através dos sons, ou eles são péssimos músicos. Sem contar nas letras que na maioria das vezes são repetitivas, vazias e teologicamente equivocadas. A junção dessas melodias e letras resulta em verdadeiros mantras.

Dependendo do tempo ao qual um homem fica exposto a determinada música, tonalidade ou sons, diferentes emoções e sensações são provocadas, este estará sujeito a praticar atitudes desprovidas de razão ou bom senso, ou proferir palavras sem o mínimo de sentido. O que explica muito do que temos visto e ouvido pelas igrejas, congressos, CDs e DVDs ditos cristãos.

A quantidade de bobagem que é cantada como se fosse Verdade ou parte da Verdade é assustador. Os absurdos que são ‘’ministrados’’ embalados por sons relaxantes com picos sonoros levam multidões ao êxtase, o resultado é um frenesi coletivo. E se não bastasse, estudos e pregações derivam dessas canções, fazendo com que alguns conceitos sejam aceitos como parte do Evangelho de Cristo, quando na realidade não tem nenhuma ligação com os ensinamentos cristãos.

OS PERIGOS QUE UMA BELA MÚSICA ESCONDE

Não quero aqui desmerecer autor, cantor, ou seja, quem for. Usarei a canção: “Ainda existe uma cruz”, como base para esclarecer algumas questões. Quero deixar claro que não estou aqui dizendo que essa música é herética, mas sim que traz confusão em relação ao entendimento da Graça. Não sei qual é a intenção de proclamar que “ainda existe um preço a pagar'', mas sei que infelizmente ''As interpretações que fazemos tem muito a ver com os nossos fundamentos na fé'', e nem todos tem seus fundamentos firmados na maravilhosa Graça, pois dependem de líderes cheios de conceitos equivocados sobre a fé em Cristo, conceitos que na maioria das vezes ensinam sobre um Cristo que lhe oferece ''uma salvação de graça mas...se você não fizer isso ou aquilo vai queimar no mármore do inferno''. Quando na verdade a Salvação pela Graça te oferece uma nova vida onde a renuncia de si mesmo é conseqüência da sua consciência perante ao Senhor.

A música pode ter sido feita com boa intenção, mas traz conceitos perigosos.

Quando me perguntam qual o erro da canção: “Ainda existe uma cruz”, costumo contar a historinha do soldado.

Você deseja ser um soldado, escolhe isso por vontade própria, vai lá e se alista, apartir de agora você tem que cumprir ordens do seu superior, você estará pagando um preço pra ser um soldado ou estará se adaptando a sua nova rotina de vida? A diferença na resposta consiste na disposição, se houve escolha do individuo pra que ele se torne um soldado, a rotina lhe trará satisfação ainda que seja dura, se houve uma obrigação no alistamento então temos ai alguém pagando um preço pra ser um soldado.

Não somos forçados a tornarmo-nos cristãos. Somos convidados a nascer de novo, se aceitamos então temos uma nova vida que Cristo nos dá, e essa vida nova traz novos conceitos.

Nosso relacionamento com Deus se faz através da fé, e a fé é também obediência. Vou usar um exemplo que uso com as crianças, a fé é como uma planta, ela precisa ser regada e cuidada para que cresça e floresça. É assim que é nossa vida em Cristo, e nosso crescimento não deve ser visto como um preço que pagamos o amadurecer na fé em Cristo é consequência das raízes que o Evangelho firma em nós, a renuncia do pecado em nossa vida, é o reflexo do entendimento que temos em relação á Verdade. Veja que existe grande diferença entre uma criança que obedece aos pais por obrigação e a que obedece porque entende que errou, e seus pais estão certos. A que obedece por obrigação fica procurando argumentos pra justificar o ato de não obedecer, obedecer se torna um peso, ao contrário da que obedece porque entendeu, esta obedece com convicção.

A renuncia não pode ser entendida como fardo, ela é um dos muitos sinais de uma fé madura e firmada, é conseqüência de uma vida transformada. É obediência.

Quando Cristo diz: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me''. Lc.9:23 - Ele não se refere a cruz como sendo um fardo e sim uma missão. É esse o significado da cruz. E a renuncia de si mesmo esta ligada ao fato de que: ''para seguir nossa missão devemos negar a nós mesmos''. Foi o que Cristo fez.

OBEDECER NÃO É ASSIM TÃO FÁCIL

Jonas escolheu desobedecer deliberadamente por imaturidade na fé. Ele até obedeceu aquilo que Deus dissera, mas a princípio não aceitou, e por consequência vieram os conflitos.

As promessas de Deus são exteriores a nós, não dependem dos nossos sentimentos e muito menos das nossas preocupações para se cumprir, Jonas guiou-se pela sua própria vontade antes de reconhecer seu erro em desobedecer. O livro de Jonas demonstra o conflito vivido por ele entre obedecer á voz de Deus e seguir seus sentimentos. Fica claro que o sentimento humano não é guia muito confiável, mas um motivo pra entendermos a importância em obedecer com convicção. E o cuidado que devemos ter com as músicas que andam embalando nossos cultos.

É certo que temos nossas dúvidas e muitas vezes questionamos nossos caminhos, mas precisamos aprender a obedecer, pois é melhor do que sacrificar. E até que aprendamos isso, algumas vezes acabamos passando um tempinho no escuro da barriga de um grande peixe, nem por isso deixaremos de crer, estaremos apenas sendo aperfeiçoados para que possamos obedecer entendendo o porquê de obedecer.

A PRATICA DA FÉ

Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. ICor.6:20

A prática da nossa fé também implica na renuncia de nós mesmos e do pecado.

Certa vez uma professora de Filosofia disse que: “Se você realmente acredita no que prega então você vive, se não vive é porque ainda não acredita”. É óbvio que há controvérsias nas palavras da minha antiga professora, mas não na Palavra de Deus que incentiva a prática da nossa fé.

Nossa fé deve ser praticada, vivida e não apenas sentida ou falada. Por isso devemos tomar muito cuidado com os longos períodos de louvor, ou com shows e congressos que gastam a maioria do tempo embalando as pessoas em suas canções enquanto falam coisas sem sentido em meio a chororós intermináveis.

Cansei de ver pessoas defendendo que ''pagar o preço'', é renunciar a si mesmo e ao mundo, quando na verdade isso deveria ser visto como condição de uma nova vida, o próprio nome já diz: ''nova vida'', é o morrer para o mundo e nascer para Cristo.

No meu entendimento o servo, serve. E não serve porque esta pagando algo, mas sim porque esta é sua função.

Se sofrermos é por Cristo, se morremos é também por Ele, se nos regozijamos é por Cristo também. Estaríamos nós pagando um preço? Não, o preço Jesus já pagou. Existe alguma dívida? Não, nossa dívida já foi paga na cruz.

Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.  O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho á seu tempo. ITm.2:5-6

Se nossa vida cristã tem sido um peso, ou se estamos achando que fazemos muito em obedecer a Cristo, se nossa obediência tem sido encarada como uma troca, um preço que estamos pagando, algo errado esta, é hora de rever nossos conceitos e aprofundar nosso conhecimento na Palavra.

SEJAMOS RACIONAIS
 
Talvez nem todo mundo tenha o conhecimento da grandeza do poder da música, mas ela tem forte influencia sobre  nossos sentimentos e causa diferentes sensações. Ela pode agir como um ‘anestésico’ da razão. Com a razão ‘anestesiada’ as emoções dominam as ações. A maioria de nós seres humanos acostumou-se a ter as emoções ou sensações como guia pra definir o que é ''bom ou ruim, certo ou errado''. É ai que devemos estar atentos para que não venhamos ser influenciados por belas canções, guiados por nossos sentimentos esquecendo-nos de que nossa fé deve ser firmada na Palavra e não no que sentimos.  

Hoje usei apenas um exemplo das muitas musicas que circulam  por ai carregadas de ensinamentos equivocados, infelizmente são inúmeros mantras gospel tocando nas rádios, compondo o periodo de louvor congregacional  e fazendo o trabalho de confundir e alienar uma boa parte do ''rebanho''.

É importante atentar para o que estamos tocando em nossos cultos, não deixando o entendimento de lado ao prestar nosso culto a Deus, também com as canções.

”Cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.” - ICor.14:15b

Por Cris Corrêa

2 comentários:

  1. Parabéns pelo texto. Muito explicativo, principalmente aquela parte da música da lagoinha. Eu nunca concordei com vc sobre ela, sempre achei que pagar o preço faz parte da vida de um cristão, mas agora entendi o que vc queria dizer la na comu e concordo. Realmente,a renuncia ao pecado é consequência daquele que quer um real compromisso com Cristo. Há dificuldades, o próprio Cristo disse que a porta é estreita, mas n é algo que seja pesado ou uma obragação, na vdd acho que o próprio Espírito nos toca e nos move a esta condição de renunciar a carne. Adorei Cris, bju!

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  2. Olá, obrigado pela visita, vou colocar seu banner lá sim.. abraço e fique na paz!

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