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quarta-feira, outubro 28, 2015

Conservador sim, machista NÃO.

"Não deixe que a alienação institucional o classifique como machista"

Ei feminista, machista é a mãe!

Por Cris Corrêa

Estima-se que 1 em cada 6 homens é sexualmente abusado antes dos 18 anos, e que leva no mínimo 20 anos para que a vítima comece a superar (dados: MaleSurvivor.org). Os abusos são cometidos em maioria por familiares e parentes, ou por babás, ou seja, são casos que se enquadram na violência doméstica. Um recente e polêmico caso que tem balançado a Inglaterra, traz a história de um menino de 11 anos que foi abusado sexualmente por sua babá Jade Hatt de 21, a quem o juiz concedeu perdão judicial por considerar que a vítima teve culpa, a decisão foi reforçada pelo próprio pai do menino que afirma que seu filho “é louco por sexo”. O fato denuncia o descaso com que a violência sofrida pelo sexo masculino é tratada, quando não ignorada.

Em 2010 uma série de estudos denominados de “Mapa da Violência”, publicada pelo Instituto Sangari, com apoio do Ministério da Saúde e do Ministério da Justiça, revela em pesquisa o número de homicídios oriundos de violência doméstica cometidos aqui no país, foram no total 8.770 mortes no ano, sendo 1.836 mulheres e 6.934 homens assassinados. Um homem a cada 1 h 15 minutos morre vítima de violência doméstica no Brasil, enquanto morre uma mulher a cada 4 h 46 min, pelo mesmo motivo. Em relação ao total de homicídios causados por violência doméstica, estima-se que são 79,1% de homens e 20,9% de mulheres mortos. Um estudo realizado por Fernanda Bhona, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em Minas Gerais (2013), apontou que homens são os que mais sofrem violência doméstica praticada por suas parcerias. Com um total de 480 participantes, a pesquisa apontou que 77% de um grupo de 292 mulheres com relação conjugal afirmam ter xingado, humilhado ou intimidado o parceiro. A agressão física do companheiro - tapas, socos ou chutes - foi assumida por 24% das mulheres. E, segundo as próprias mulheres, apenas 20% dos parceiros cometeram o mesmo tipo de agressão contra elas. Há dez anos, outra pesquisa realizada em 16 capitais brasileiras apresentou resultados semelhantes a essa pesquisa. O nível de agressão psicológica entre os casais ficou em 78,3% e o de abuso físico, 21,5%, apresentando um cenário contrário ao que se atribui normalmente ao homem, o de agressor.

Por que esses homens não entram na discussão sobre a violência doméstica no Brasil, se também são vítimas? A resposta é simples, porque são homens. Quem controla a discussão do tema são “feministas de gênero”, coletivo que ironicamente defende a concepção de gênero da pederasta Simone de Beauvoir: “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. A ideologia de que a feminilidade é uma construção social é falaciosa, e tende a classificar todo homem como “um agressor/estuprador em potencial”, ou seja, para as feministas os homens são indiscutivelmente “machista opressor”.

Em quase todos os países do mundo a maioria dos órgãos sérios, científicos e realmente comprometidos com a violência doméstica, trazem evidências de que mulheres agridem tanto quanto, ou mais do que, os homens. Vários estudos pelo mundo ratificam isso. A extensa e renomada bibliografia compilada por Martin S. Fiebert, do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual da Califórnia aponta em resumo o seguinte:

“Esta bibliografia examina 286 investigações acadêmicas: 221 estudos empíricos e 65 resenhas e/ou análises, que demonstram que as mulheres são tão fisicamente agressivas ou mais agressivas do que os homens em suas relações com os seus cônjuges ou parceiros do sexo masculino. A dimensão da amostra global nos estudos criticamente analisados ultrapassa os 371.600.”

Há um conceito chamado ''viés da confirmação'', é o método de ver o mundo como um filtro. É um bloqueio mental ao qual todos estamos sujeitos, nosso cérebro busca o tempo todo informações que confirmem nossas crenças. No livro ''Você Não é Tão Esperto Quanto Pensa'', o autor chama atenção para algo primordial nesse sentido. Ele diz que ''na ciência, você se aproxima mais da verdade ao procurar evidências contrárias. O mesmo método talvez devesse ser usado também para formar suas opiniões''. Mas, no Brasil, a ideologia feminista domina as universidades, consequentemente as pesquisas que ganham mídia e atingem as massas são esmagadoramente voltadas a reforçar essa ideologia. A população em geral é direcionada para consumir informações filtradas, o que acaba distanciando a atenção do cidadão da própria realidade, criando assim, crenças com perspectiva feminista sem fundamento verdadeiro. Por isso, ver no ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio) uma redação com tema ideológico, para quem não segue a ideologia política do feminismo, é deveras revoltante. 

Não se trata de "ser contra" a discussão sobre violência doméstica, o tema acabou sendo o foco principal da redação do exame. É certo que existem homens extremamente violentos que abusam da força para oprimir suas parceiras e a família em geral, assim como existem mulheres perversas, com alto nível de periculosidade que promovem abusos e violência dentro de seus lares. A discussão sobre o abuso/violência doméstica não deve ser abandona, pelo contrário, deve ser um assunto discutido de forma ampla e honesta para buscar soluções efetivas e justas. Entretanto, a discussão deve chamar atenção para a REALIDADE que não pode jamais ser ignorada para potencializar um grupo como único "vítima passível" de agressão. Excluir do quadro de violência doméstica todos os outros indivíduos que também sofrem com a mesma violência dentro de suas casas, seja sexual, psicológica, física ou mortal, não é honesto tampouco justo. 

É certo que as mulheres não são as únicas vítimas de violência doméstica, porém, onde estão os gráficos e estatísticas que incluem o sexo masculino na discussão do problema? Eles simplesmente não são divulgados ou mesmo levados a sério, e com certeza não é porque o homem deixa de sofrer com esse tipo de violência. Os dados recolhidos baseiam-se em fatos que revelam a verdade, os homens também são vítima desse contexto. Os inúmeros casos passam longe da pauta do Movimento Feminista porque acabam colocando a falácia da “luta pela igualdade” em descrédito, e ao feminismo não interessa discutir sobre todas as pessoas que sofrem com a violência doméstica, o movimento tem demonstrado que trabalha para que a mulher deixe de se ver como um indivíduo parte da sociedade e passe a ver-se como vítima dela, enquanto isso coloca-se como abrigo oferecendo proteção ilusória com discursos pífios de ''sororidade'' (irmandade), transformando o feminismo em coletivo necessário para a sobrevivência da mulher. Assim, uma discussão que avalie todo contexto de violência doméstica no Brasil de forma honesta, não ajuda a sustentar a ideologia pregada pelos coletivos feministas. 

O silêncio em relação ao quadro geral denuncia que a própria mídia não tem interesse pela realidade, e que a ideologia feminista tão forte nas universidades, acaba expressa nos jornais servindo como reforço do discurso político da esquerda. 

Ao estudar a História e a maneira como o Movimento Feminista nasceu, assim como sua forma de atuação na sociedade em diferentes épocas, a conclusão é de que o movimento serve apenas como um dos braços da esquerda na revolução cultural
Feministas militam por uma bandeira política específica visando na verdade recrutar "militantes de utopia" ao invés de atrair indivíduos que buscam soluções para problemas reais. É a velha máxima marxista de dividir a sociedade atacando sempre as estruturas conservadoras, principalmente o cristianismo e a família tradicional. Eis a base ideológica² de TODO feminismo.

O foco da redação do ENEM 2015 potencializou apenas a ''violência contra a mulher'', com isso reforçou a idéia de que o homem é seu único agressor, ainda que na realidade a mulher também apareça como agressora de outra mulher. Existem diferentes motivos que podem levar a essa violência, os quais estão estatisticamente muito além dos míseros números de violência oriunda de misoginia (ódio ao sexo feminino), negar essa realidade para potencializar um discurso político serve apenas para promover uma espécie de "esquizofrenia coletiva" no país. A realidade é que não há “feminicídio”, e alguém precisa dizer isso em voz alta sem ser taxado de machista pela histérica militância, aliás, o próprio termo "machista" é novilíngua¹ usado para inibir qualquer discurso contrário ao que vem sendo pregado pelo feminismo ao longo dos anos. Há sim (infelizmente) mulheres vítimas de homicídio, mas por diferentes causas como já dito. No Brasil, assim como na maioria do mundo, ainda são raros os estudos que revelam as reais motivações de quem mata as mulheres, e os que são produzidos aqui nas universidades não são muito confiáveis devido a ideologia predominante, ou seja, não há dados confiáveis e nem suficientes para embasar o argumento de que a mulher brasileira está morrendo por ser mulher. 

Os registros dos casos confirmam que entre os assassinos estão a maioria dos atuais ou antigos maridos, namorados (as) ou companheiros (as), inconformados em perder o domínio sobre uma relação que acreditavam controlar, ou seja, um comportamento típico do que configura-se como “crime passional”. O fato excluí mais uma vez o discurso feminista de que mulheres morrem massivamente, e exclusivamente por conta da misoginia. A prática do homicídio contra a mulher aponta para a raiz passional, seguido de motivos fúteis, uso ou venda de drogas. Esses homicídios deveriam ser enquadrados no número geral de assassinatos no Brasil, como ocorre com os homens, e no contexto de diferentes motivos, “eles” morrem mais do que “elas”. No Brasil são mais de 50 mil homicídios por ano. Em 2014, foram registrados 143 assassinatos por dia. Segundo a OMS o Brasil tem o maior número absoluto de homicídios do mundo. O relatório mostra que, de cada 100 assassinatos no mundo, 13 são no Brasil. Em média, são 6 pessoas assassinadas por hora no nosso país. Do total de homicídios, calcula-se que 91,4% das vítimas no Brasil são do sexo masculino, ou seja, quase 100% dos milhares de homicídios cometidos aqui, são contra os homens. Os dados correspondem aos últimos 30 anos.

Independente dos motivos que levam aos exacerbados números de homicídios no país, independente do sexo de quem morre. As pessoas estão se matando! É causa urgente encontrar meios efetivos para resolver a triste realidade do Brasil. 

Um dos problemas mais graves que o país enfrenta é a falta de segurança efetiva e o aumento da impunidade. Milhares desses homicídios ocorrem nas ruas devido ao tráfico e consumo de drogas, assaltos, sequestros relâmpago, e na maioria das vezes os autores dos crimes sequer são punidos. Brigas e discussões banais também aparecem como motivos de homicídio, o que chama a atenção para outro problema social, a degradação moral e a falta de princípios éticos de uma sociedade mergulhada cada vez mais em conceitos ideológicos de cunho marxista. O Brasil está vivendo uma “revolução social” nos moldes de Gramsci. Por isso, afirmar que o tema da redação do ENEM 2015 foi apelativo e doutrinador, não é nenhum exagero, é sim, a constatação do óbvio. O MEC inibiu o pensamento daqueles que não defendem a ideologia feminista e forçou o estudante a dissertar de acordo com uma política que não corresponde à realidade em que ele está inserido. Afinal, excluir do contexto de uma discussão séria como a violência, todas as vítimas que aparecem no quadro geral (independente do sexo), para discutir problemas de grupos específicos (focando no sexo), divide a população em classes e nega o valor do indivíduo como parte de uma sociedade justa.

Levantar discussão sobre um tema através de informações filtradas, direcionar para um discurso político que reforça a militância feminista, a mesma que corresponde a agenda daqueles que estão no poder, é sem sobra de dúvidas, revelar que no Brasil a esquerda busca alienação de forma propositadamente institucional. O Ministério da Educação está a cada dia que passa provando que trabalha para alienar o estudante brasileiro. E você, é obrigado a bancar toda essa engenharia com o suor do seu trabalho. 

Usar a máquina pública para doutrinar e reforçar o “viés de confirmação” de um Partido que se mostra totalitário, acaba sendo a pior forma de violência cometida no país. 

Infelizmente a verdade é que no Brasil só é permitido ver o mundo através de um filtro, e, quem está controlando a forma como você enxerga é a esquerda que transformou o Estado em Partido. Parece que o país está vivenciando a triste realidade Orwell 1984. -- Todo conservador, sobretudo o cristão, tem o dever moral de se manifestar publicamente contra o marxismo cultural que está sendo enfiado goela abaixo da nação. É necessário provar de forma honesta que ser REALISTA, não é o mesmo que ser "machista".|*


Notas: ¹A novilíngua faz parte da obra-prima de George Orwell - livro “1984″. Na ficção sombria do escritor britânico o Partido (Facção que se perpetuou no poder) incentivou o uso de um novo idioma para substituir o inglês. - Na realidade o conceito de machismo surge no final da década de 60 a partir do ''movimento de libertação das mulheres'', que passou a atribuir às características do que é masculino: força, coragem, maestria, honra e liderança, ao conceito de inferiorização da mulher pelo homem, especialmente nos países de língua inglesa. | ²No século XIX Marx e Engels aparecem com uma ideologia que dá origem ao conceito de "opressão feminina", usado como base de coletivos feministas até hoje. Lênin colocou em prática a ideologia marxista (O Socialismo e a Emancipação da Mulher V.I - Lênin); segundo a historiadora americana Wendy Goldman, a União Soviética foi pioneira nos "direitos das mulheres" de acordo com a concepção marxista, que inclui: aborto, divórcio e o exercício da mesma função pelo mesmo salário no mercado de trabalho, idéia defendida como o conceito de "emancipação da mulher" do lar e/ou da família.
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Texto atualizado, publicado inicialmente no blog Vista Direita.
•°o.O Postado por Cris Corrêa O.o°•

14 comentários:

  1. Brilhante, Chris. Embora eu mesmo não seja um conservador, não posso deixar de admirar seu texto. O contexto da divisão por gênero, está implícita na lei maria da penha e no infame feminicídio. Que virou neologismo nas redações de jornais, como Folha, G1, UOL. Quando você foca em determinado grupo, com ações de combate a violência, há um aumento na incidência do crime em outros.

    Infelizmente, faltou aos conservadores, e a direita com um todo, militar para que o crime de violência doméstica fosse abrangido para todo crime praticado em ambiente doméstico. E deu no que deu. Foi o silêncio dos bons que causou essa ascensão do feminismo nos últimos 5 anos. Agora as químeras estão vivas e operantes.

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    1. Oi Bruno. Eu foquei no conservador, por ser o termo mais atacado pela esquerda, mas é claro que essa questão é humana e a discussão deve abranger todo cidadão independente de corrente política ou religião. O problema no Brasil é que estamos presos em uma ''realidade inventada'' e infelizmente só agora estamos despertando como nação pra isso.

      Obrigada por comentar.

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  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  3. Amei seu texto,minha cara.Enfim,algo para nós fazer falar no meio de uma sociedade filtrada.

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  4. Perfeito! Ainda bem que nem todo mundo está cego. Fiquei muito chateada com a reeação do Enem, nos textos eles falavam que em 30 anos morreram 92mil mulheres, mas propositalmente não falam que morreram no mesmo período mais de 1milhão de homens. Ainda querem falar de feminicídio?? Compartilhando desde já.

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  5. Perfeito! Ainda bem que nem todo mundo está cego. Fiquei muito chateada com a reeação do Enem, nos textos eles falavam que em 30 anos morreram 92mil mulheres, mas propositalmente não falam que morreram no mesmo período mais de 1milhão de homens. Ainda querem falar de feminicídio?? Compartilhando desde já.

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  6. É verdade que o ódio contra mulher, só pelo fato delas serem mulheres não é saudável, porem já existe o machismo esclarecido que nada mais é um anti-feminismo que é usado justamente para desmascarar as contradições feministas.

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  7. Muito bom o teu texto. Eu Também escrevi um texto sobre este assunto. Meu Blog é intelectualidadecrista. Blogspot.com.br

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  8. Cheguei até aqui pelo teu comentário no post do juiz Sidney Brzuska. Discordo de parte do comentário pois de certa forma tu foi incoerente quando falou de uma legislação que atinge devedores de alimentos (homem ou mulher). A pensão alimentícia é devida, no caso, ao menor! E o devedor pode ser homem ou mulher! No entanto, aqui no teu blog me identifiquei com o texto e concordo com teu raciocínio quando afirma que a origem dos homicídios é passional e não de genero!

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•°o.O Blog Frenesi O.o°•

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